Muito se tem escrito sobre a Inquisição, mas nem sempre com fundamento objetivo. O presente opúsculo tenciona apresentar alguns dados reais que ajudam a compreender o fenômeno “Inquisição”. Esta, em hipótese nenhuma, poderia ser repetida em nossos dias, mas na respectiva época em regime de Cristandade, quando toda a população, desde o rei até o servo, era católica, não causava espécie, mas impunha-se à consciência dos cristãos como um dever; zelar pela integridade da fé parecia estritamente obrigatório, a tal ponto que o Estado, dito “cristão”, participou dos procedimentos da inquisição e chegou mesmo a servir-se dela para favorecer seus interesses políticos; tenha-se em vista, entre outros, o caso de Joana d’Arc, a guerreira que incomodou os ingleses, por isso, foi entregue à Inquisição sob alegações religiosas.
Visando à clareza da exposição, trataremos de 1) a Inquisição Medieval, 2) a Inquisição na Espanha e 3) a Inquisição em Portugal, avaliando suas origens, procedimentos e particularidades.